quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

A Lenda da Panelinha

   A Lenda da Panelinha é a mais tradicional da cidade. Remonta a época em que os primeiros  moradores estabeleceram-se em Cruz Alta, lá pelos idos de 1805, formando um pequeno amontoado de casas onde hoje é a Praça Erico Verissimo. Ali próximo, havia uma mata chamada de Capoeira, onde era extraída a madeira para lenha e para as construções. Na direção oposta, onde hoje forma-se a esquina da João Manoel com a Venâncio Aires, havia uma nascente para o abastecimento do vilarejo, chamada de arroio Panelinha. Sua segunda vertente desemboca na esquina da Gal. Portinho com a Andrade Neves.
    Nesta segunda vertente, a água límpida e abundante jorrava como uma cachoeira. Era onde as lavadeiras batiam a roupa.
   Seguidamente, apareciam tropeiros, que paravam por ali para saciar a sede. Eventualmente, muitos desses viajantes engraçavam-se com as mulheres locais, e, na maioria dos casos, acabavam retornando, geralmente para casar-se com a moça e fixar residência por aqui. E nessas idas e vindas, o imaginário popular acabou por enraizar o entendimento de que, todo aquele que bebia a água da Panelinha, acabava, inevitavelmente, voltando para Cruz Alta.
   A fama do local acabou servindo de prato cheio para alimentar a esperança das moçoilas casamenteiras, que, quando atingiam a "idade de casar", tratavam de levar o pretendente para beber a água da Panelinha. Assim eles retornariam e firmariam o casório.

 Monumento a Lenda da Panelinha, localizada de fronte a uma das vertentes do arroio

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