Cruz-altenses Ilustres

 JOEL & GAÚCHO

 

Francisco de Paula Brandão Rangel (Cruz Alta, 29 de junho de 1911), mais conhecido como "Gaúcho", foi um cantor e compositor brasileiro. Formou com Joel de Almeida uma das duplas mais bem-sucedidas da música popular brasileira, "Joel & Gaúcho". Foi também um dos fundadores da Sociedade Brasileira de Autores, Compositores e Escritores de Música (SBACEM). Em 1935 a dupla obteve sucesso com o samba "Estão Batendo" e "O Chapéu é quem diz", cuja gravação contou com o acompanhamento de Pixinguinha e sua Orquestra. No ano seguinte lançaram a marchinha "Pierrô Apaixonado", grande sucesso no carnaval. Também cantaram Alô, Alô, Carnaval em um filme brasileiro, passando a se apresentar nos Cassinos da Urca e Atlêntico e no Copacabana Palace Hotel. A última investida da dupla foi em 1962, quando se reuniram para gravar um disco com seus maiors sucessos, comemorando 30 anos de carreira.

JUSTINO MARTINS

Justino Martins (Cruz Alta, 1917) foi um jornalista brasileiro. Era cunhado de Erico Verissimo, com quem trabalhou na Revista do Globo. Trabalhou na famosa Revista Manchete como correspondente em Paris e depois, foi diretor. Foi o responsável pela modernização da revista que passou a ter fotos coloridas, em tamanhos grandes, textos leves e impressão de qualidade. Foi co-autor do livro "Reportagens que abalaram o Brasil, pela Editora Bloch. Em sua homenagem, no ano de 1987, foi inaugurada, em Cruz Alta, a Casa de Cultura Justino Martins.

HEITOR SALDANHA

Heitor Saldanha (Cruz Alta, 1910), foi um dos maiores poetas do Rio Grande do Sul. Participou do Grupo Quixote, muito importante na década de 50, em Porto Alegre. A coletanea completa de seus poemas estão reunidos na obra "A Hora Evarista". Saldanha era fascinado pela vida dos homens trabalhadores em minas de carvão. Chegou a trabalhar em uma mina em São Jerônimo". Casado com a contista gaúcha Laura Ferreira, foi morar no Rio de Janeiro, permanecendo lá por doze anos. Era amigo de Carlos Drummond de Andrade, Clarice Lispectos e Ferreira Gullar, participando ao lado desdes em inúmeros debates, encontros poéticos e da agitação boêmia.

Teve suas poesias publicadas em diversas antologias e sua obra foi traduzida para o espanhol.

Pacífico Dias da Fonseca

Nasceu em 22 de novembro de 1893. Foi comerciante, alfaiate e prefeito municipal. Tornou-se conhecido por dois feitos: por calçar e remodelar as ruas da cidade e  promover a união das famílias Civil e Militar na sociedade, estremecida desde 3 de fevereiro de 1913 pelo horrendo episódio chamado “CARNAVAL SANGRENTO”, deflagrado  por um político e um militar indigno. Faleceu na manhã de 12 de março de 1945.

Heitor Annes Dias

  Nasceu em 19 de julho de 1884. Foi um médico brasileiro, patrono do Instituto de Nutrição localizado no Bairro de Botafogo, no Rio de Janeiro.    Foi deputado à Constituinte, exercendo clínica e lecionando no RJ, onde escreveu seus primeiros livros. Oriundo de antiga e distinta família, desde cedo revelou amor ao estudo e profundo sentimento religioso, conquistando a estima de todos em sua volta. Faleceu no Rio de Janeiro, em 1943.

Dr. Lucídio Ramos

Nasceu em 15 de abril de 1891, filho de João Davi Ramos, que morreu em combate, na Revolução Federalista de 1893. Foi fundador do PL (Partido Libertador), que contou com ilustres como Jânio Quadros, Raul Pilla, Getúlio Vargas e Jango Vidal. Quando da Revolução de 30, colocou-se na Aliança Renovadora Nacional, ao lado de Getúlio Vargas. Na festa que fez o povo da Cruz Alta pela eleição de Getúlio, foi escolhido como orador oficial e saudou o presidente de uma das sacadas da prefeitura.

ANITA R. GONZALES

     Anita Ramos Gonzales (Cruz Alta, 1 de agosto de 1900) Foi uma grande acadêmica, poetisa regionalista e romancista. Estudou no Colégio Elementar Venâncio Aires, hoje Margarida Pardelhas, onde era diretora de um jornal estudantil. Desde menina escrevia versos, porém, somente aos 50 anos de idade, lançou seu primeiro livro, devido ao incentivo do marido, o General Cotta Gonzales. Estreou com o livro de poemas líricos “Deslumbramento” em 1952. Em sua vasta obra encontramos livros de contos, poemas líricos, poemas épicos, poemas ecológicos, poesias infantis e um belíssimo romance teuto-riograndense  intitulado “Marta Fritz”.

      Após o desaparecimento de seu esposo, Anita recolheu-se em sua dor, passando por um período de abstinência literária. Felizmente, anos depois retornou à literatura com o livro de poemas “Minha Terra”, uma edição comemorativa ao sesquicentenário de Cruz Alta.

     Anita foi escritora de estilos múltiplos, o que o teve demonstrado na beleza de sua extensa obra, divulgando a rica história cruz-altense e as belezas de nossa cultura. A escritora faleceu em 1988.

IVAN SOARES SCHETTERT

    Schettert foi poetiza, historiadora e professora. Nasceu em Julio de Castilhos (antigo distrito de Cruz Alta)  a 5 de setembro de 1928. Ivan foi professora, poetisa e historiadora.  Em 1943 fixou-se em Cruz Alta, completando o ginasial no Colégio Santíssima Trindade. Aqui desenvolveu suas atividades docentes em 1950, aposentando-se em 1976. 
     Participou de inúmeras coletâneas de poesias e concorreu em diversos concursos de Trovas e Jogos Florais. Publicou os seguintes livros: “Revolução Farroupilha em Poemas”, “Rio Grande do Sul em poemas” e  um dos livros mais completos sobre a história da cidade “Cruz Alta em Poemas: como surgiu e evoluiu".