Porto Alegre no Século XIX |
Em meados de agosto de 1897, um crime violento repercutiu em todo o estado, causando comoção pública e ampla cobertura da imprensa como nunca antes vista no Rio Grande do Sul. A impressão de insolubilidade e os requintes de crueldade que permearam o caso, bem como as notícias desencontradas dos jornais, acabaram por atiçar ainda mais o imaginário da gauchada, tal como aconteceu com a população londrina, 9 anos antes, no caso “Jack, O Estripador”.
Naquele domingo do dia 15 de agosto, em Porto Alegre, mais precisamente em uma casa açoriana de número 91A, na Rua da Azenha, os vizinhos suspeitavam, há alguns dias, que alguma coisa deveria ter acontecido ao casal de imigrantes portugueses Manoel Duarte Capote e Maria Adelaide Pereira Capote, que acabara de se instalar naquele bairro e não dava as caras há uma semana. O vizinho Ramiro Dantas, intrigado com o forte cheiro de putrefação proveniente da casa ao lado, tratou de avisar a central de polícia que, prontamente, se dirigiu ao local. Na residência, o delegado Loureiro Chaves encontrou os corpos do casal lusitano em adiantado estado de decomposição, concluindo que estavam jazidos há, pelo menos, uma semana. Manoel foi encontrado na sala de viver, apresentando um profundo ferimento na cabeça, e Maria Adelaide estava atrás da porta da cozinha, com semelhante ferimento.
O crime correu pelo estado com uma repercussão assombrosa, tal veemente era a voz da população, que exigia providências urgentes, ao tempo em que a polícia parecia zanzar feito uma barata tonta, em busca de pistas. Em uma tentativa de acalmar a opinião pública, a polícia começou a deter alguns cidadãos vagamente suspeitos. No entanto o delegado conseguiu juntar todas as peças do quebra cabeça um mês depois, chegando ao nome de Ozório Cazuza, que se encontrava em Cruz Alta.
Naquele domingo do dia 15 de agosto, em Porto Alegre, mais precisamente em uma casa açoriana de número 91A, na Rua da Azenha, os vizinhos suspeitavam, há alguns dias, que alguma coisa deveria ter acontecido ao casal de imigrantes portugueses Manoel Duarte Capote e Maria Adelaide Pereira Capote, que acabara de se instalar naquele bairro e não dava as caras há uma semana. O vizinho Ramiro Dantas, intrigado com o forte cheiro de putrefação proveniente da casa ao lado, tratou de avisar a central de polícia que, prontamente, se dirigiu ao local. Na residência, o delegado Loureiro Chaves encontrou os corpos do casal lusitano em adiantado estado de decomposição, concluindo que estavam jazidos há, pelo menos, uma semana. Manoel foi encontrado na sala de viver, apresentando um profundo ferimento na cabeça, e Maria Adelaide estava atrás da porta da cozinha, com semelhante ferimento.
O crime correu pelo estado com uma repercussão assombrosa, tal veemente era a voz da população, que exigia providências urgentes, ao tempo em que a polícia parecia zanzar feito uma barata tonta, em busca de pistas. Em uma tentativa de acalmar a opinião pública, a polícia começou a deter alguns cidadãos vagamente suspeitos. No entanto o delegado conseguiu juntar todas as peças do quebra cabeça um mês depois, chegando ao nome de Ozório Cazuza, que se encontrava em Cruz Alta.
Coronel José Gabriel da Silva |
Um telegrama foi enviado ao Coronel José Gabriel, subchefe de polícia de Cruz Alta, solicitando para que fosse dada voz de prisão ao dito, que foi achado em uma cancha de bocha, onde jogava habitualmente. Ozório de Moraes e Silva, vulgo Cazuza (sobrenome de sua mãe), havia nascido em Cruz Alta, era tropeiro, e – provavelmente sob tortura –, acabou confessando o crime. Contou que conhecera os Capote em Porto Alegre, no dia 1º de Agosto, quando se hospedou no mesmo hotel do casal. No dia seguinte, Manoel e Maria alugaram a casa da Azenha. No dia 4 do corrente, Cazuza topou com Manoel no centro de POA e seguiram juntos para o referido bairro. Lá tomaram café e conversaram até o anoitecer. Em determinado momento a vitima foi para a sala, e no momento em que se abaixava para abrir uma caixa, recebera um violento golpe na cabeça com uma racha de lenha. Dirigiu-se a cozinha e agrediu a esposa da mesma forma. Enquanto o casal sangrava até a morte, Cazuza retirava-se, levando duas malas que reuniam os pertences mais valiosos do casal. O assassino confessou que sua motivação deu-se após Manoel ter declarado o desejo de comprar uma casa que custasse até 30 mil réis, supondo que essa quantia estivesse na casa, naquele momento.
Feita a confissão, Cazuza foi removido para Santa Maria, escoltado pelo subchefe José Gabriel e o intendente de Cruz Alta João de Deus. Ao chegar o trem em Santa Maria, as mais de mil pessoas curiosas que se aglomeravam na estação perceberam que foram ludibriadas, pois a rota fora desviada. Ao chegar o vapor em POA, em meio a uma viagem apreensiva, uma multidão de curiosos formou-se rapidamente, para ver o rosto do assassino e a desferir-lhe insultos. Indiferente àquela crescente atmosfera de linchamento, o “Monstro da Cruz Alta” ainda retrucou: “Caramba! Parece que nunca viram um homem preso!” Os policiais descreveram que Cazuza estava assombrosamente calmo, com um sorriso irônico no canto da boca. Para encurtar a história, Cazuza foi julgado no dia 9 de outubro, sentenciado a 30 anos de reclusão. Mas o eco dessa delinqüência continuou a atormentar a população e, apesar de ter havido centenas de casos mais violentos, até hoje, o episódio do “Monstro da Cruz Alta” é considerado o crime de maior repercussão na história do Rio Grande do Sul.
eita...... essa eu não conhecia... surpreendente, até nisso Cruz Alta é famosa.....
ResponderExcluirParabéns Henrique..
Henrique eu não te falei que
ResponderExcluirCruz Alta tem histórias que
Deus duvida !!! ihihiiii
tenha dias abençoados gurizinho!
http://alcenacvc.blogspot.com/
http://www.facebook.com/alcena.cvc
Salve JC e Alcena!!!!
ResponderExcluirUm antigo filósofo costumava dizer: O Mundo começa e termina em Cruz Alta.
Talvez seja verdade... rsrsrs
Cruzaltino tu es da terra do nosso maior escritor, o grande Erico Verissimo. Tens que citar as fontes do teu artigo sobre o Crime da Azenha se não ele fica no ar. Nem Wikepédia aceita artigo sem referencias e fontes dignas, pois no minimo chama a atenção. Em época de internet é fundamental citar fontes e referencias pois isso dá mais credibilidade e cientificidade ao artigo. De qualquer modo o artigo está muito bom. Só cite fontes. Romeu Karnikowski autor do Crime da Azenha.
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