Houve uma época em que os comerciantes não precisavam colocar letreiros gigantescos na fachada de suas casas, nada eletrônico ou contornado de neon. Os anúncios das lojas eram discretos, elegantes, e em nada comprometiam a beleza arquitetônica do estabelecimento. Esse fato chamou-nos atenção, então saímos à cata desses detalhes. Eis alguns exemplos:
Nesta primeira foto, datada de 1889, temos uma relojoaria com um elegante relógio pendurado acima da porta. Foto batida na loja ao lado da atual Big Discos.
Nesta foto dos anos 20, duas placas discretas e um relógio circular ao centro no prédio próximo da atual Suzy Sports.
Apesar da foto ser dos anos 20, o anúncio não era dos mais discretos. Rua Pinheiro Machado, fronte à Praça da Matriz.
Hotel Brazil em 1888, Rua Gal. Câmara, diagonal com a Casa de Erico Verissimo.
Armazém de Feliz Porciuncula, situado onde hoje é a Caixa Econômica Federal. Ao fundo, atrás da àrvore na extrema direita, podemos ver o Teatro Carlos Gomes.
A loja Marchionatti & Dell'Áglio, nos anos 30 também não era das mais discretas. Este local situava-se onde hoje é o Mercado Zaffari, na Gal. Câmara.
Felizmente, este prédio ainda está em pé e muito bem conservado. A foto é de 1925, mas desde o século XIX aqui funcionava essa fábrica de massas do Rafhael Dell'Áglio.
Casa Bastos, nos anos 30. Um dos estabelecimentos mais tradicionais da cidade. Apenas algumas letras discretas na platibanda.
Concessionária Ford, nos anos 30. Apenas uma placa com o logo da empresa. O local situava-se onde hoje é as Lojas Luiza, na Pinheiro Machado.
Loja "Ao Preço Fixo", na Rua Pinheiro Machado. Apenas uma placa e alguns letreiros nos vidros das janelas.
Anos 20: Ferragens, depósito industrial e máquinas. Localizado onde hoje é a Joalheria Shautier, no Calçadão I.
Um discreto letreiro "Confeitaria e Biscoitaria", no local onde hoje é a Nina Cópias.
Continua um dia desses...
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